domingo, 3 de julho de 2011

02 e 03/07/2011 SÃO PEDRO E SÃO PAULO, Apóstolos - HOMILIA

Onde está Pedro, aí está a Igreja

Nestes dias em que homenageamos os Apóstolos Pedro e Paulo (02 e 03/07/2011), aprendemos que a missão da Igreja é a mesma de Jesus, ou seja, empenhar-se pela dignidade do povo. Tanto na Missa da Vigília quanto na do dia perceberemos que o evangelho pregado por Paulo é de origem divina. Assim, precisamos testemunhar muito amor antes de assumir compromisso com o povo de Deus. Deste modo, compreenderemos que a testemunha de Jesus incomoda e, a exemplo do mestre, sofre ameaças, até de morte. Contudo, após reconhecermos que a missão está cumprida, como cristão, devemos encarar com fidelidade o fim da vida e, com serenidade, devemos acolher e estender o perdão, dom de Deus.

Nós, católicos, temos a certeza e o orgulho de sermos a única Igreja cristã, edificada sobre fundamento rochoso, sobre Pedro (ver Mt 7,24). Daí que nos orgulhamos em afirmar:“Onde está Pedro, aí está a Igreja!” (Santo Ambrósio).

Deixemos a primeira pergunta “Quem dizem os homens que sou eu?” e respondamos à segunda pergunta “E vós, quem dizeis que eu sou?”

Hoje não é suficiente a resposta de Pedro: “O Messias, o esperado de Israel”. A nossa resposta deveria ser: O Filho de Deus encarnado, que se entregou e morreu por mim. (ver Gl 2,20) Por isso, vivemos a vida presente pela fé no Filho de Deus.

Na verdade, essa imagem de Cristo que todos nós levamos dentro – desde o nosso Batismo – está, ou destroçada ou escurecida. Como poderemos ser apóstolos se não sentimos Sua presença dentro de nós? Como “vender um produto” do qual não estamos nós, os vendedores, convencidos?

A resposta de Jesus dada a Simão indica que a nossa resposta, admitindo Seu senhorio total como Messias e como Filho de Deus, é também um dom do céu e que ela merece um makarismo especial. Não seremos os chefes, como Pedro, mas a Igreja estará fundada em nós e em nossas famílias.

Além de Cristo como figura central, temos Pedro como figura destacada, por duas razões: por sua fé em Jesus e por sua lista de serviços como chefe da comunidade. A revelação de confessar Jesus como Messias, Filho de Deus, é um dom do Pai e isso serve para todos nós. A chefia da comunidade eclesial é própria dele e continua em seus sucessores através dos séculos. A eles pertence o poder das chaves, jurídico e doutrinal, como o entende a Igreja Católica. Não foi dado este poder aos outros discípulos e, portanto, devemos distingui-lo do poder evangelizador e de governo dado ao resto dos apóstolos, do qual todos nós participamos como discípulos e missionários de Jesus Cristo com uma missão específica.

Que os dois pilares da Igreja PEDRO e PAULO, intercedam por cada um de nós a fim de que – verdadeiramente – exercendo as nossas tarefas diárias, professemos a nossa fé em Cristo, Filho do Deus Vivo.

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